quarta-feira, 14 de julho de 2010

Subway Club House

Desci as escadas correndo, o metrô tava chegando e nunca dá para esperar o próximo trem. Piiiiiii. Entrei. Ainda esbaforida, respeitei a moça do auto-falante e me dirigi ao centro do carro. Abri o livro e recomecei o capítulo que estava pela metade. Vinha tranquila, alheia a tudo e a todos, teletransportada para Mafra. Só eu, Blimunda e Sete-sóis. De repente começou. Vem q vemq vem q com tudo, Vemq vemq vem com tudo. Até aí tudo bem, tem uns toques de celular meio esquisitos mesmo. Mas a música não acabava e eu recomeçava a frase, depois recomeçava o parágrafo. Levantei o rosto e olhei na direção da música. Agora era: Eu quequéro te dá, Eu quéquéquéro te dá. Dois caras, enooormes. Pensei umas coisas... As pessoas se entreolhando. Uma ali levantou um tiquinho para ver de onde vinha a discoteca. E um cara falou pro outro. Pô, essa aqui é show, olha só: kkkkktarará, kkkkktarará, a mulecada vai pegá, a mulecada vai pegá. Dei aquele encaradão. O maior me pegou no flagra, fingi logo um torcicolo. Dois homens daquele tamanho... incomodados que se mudem.

A vida no metrô

Tem "de um tudo" no metrô. Dependendo do horário, a coisa fica ainda mais interessante. Sem contar que algumas coisas são perceptíveis a olho nu. Outras, só olhando com muita atenção. Enfim, seguem aqui os registros de minhas idas e vindas de metrô.